Eu nunca gosto dessa época do ano: muita chuva e tragédia. Ano passado, neste mesmo período, fiz um texto sem grandes expectativas mais como um treino, mas que retrata um pouco destes acontecimentos. Aí vai:
Chove. Chove muito. Mais de uma semana quase sem parar.
- Desta vez vai – acredita a mulher de olhos tristes.
- Não se preocupe. Ainda não – responde o homem magro.
É noite. O escuro é mais seguro. Não podemos ver o perigo.
- E se for? – insiste
- Fica quieta. Vai acordar as crianças! – quase grita.
A mulher estava certa. Não era pra ser. Ainda.
É calor de verão. E chuva.
- Desta vez vai – acredita a mulher.
- Não se preocupe. Ainda não – responde o homem.
A mulher não se conforma. Vai até as crianças. Beija. Abraça.
Não há mais tempo. O morro desce.
Escurece.
P.S: feliz, segundo post!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
sábado, 8 de janeiro de 2011
Tem gente que tem medo de avião, de cachorro ou de morrer atropelado. Eu já tive medo de dirigir, de falar alto e de rir em público. Mas ainda tem um medo que me domina: o de fazer um blog. Já comecei vários, já tive mil ideias, todas pareceram fantásticas até que perdessem a graça. E querem saber o que descobri? Eu fico inventando desculpas e criando barreiras para não fazer meu blog porque isto seria um grande compromisso comigo mesma. Afinal, terei eu que atualizá-lo sempre, me forçar a escrever mesmo, tentar ser uma pessoa melhor. E querem saber de outra coisa? Eu estou (finalmente!) a fim de encarar esse desafio. Estou a fim, mesmo, de me expor, de receber críticas, de me conectar com as pessoas.
Quero escrever sobre baboseiras e coisa séria, sobre sentimentos reais e imaginários, sobre histórias guardadas em mim ou em alguém, sobre como tudo é superficial, mas que pode ser intenso se olhado com cuidado. Quero falar sobre literatura, livros e escrita, mas também, sobre o sabor do café da manhã ou do sapato velho debaixo da cama se assim minha vontade desejar. Não tem regras, só inspiração e realização!
Quero escrever sobre baboseiras e coisa séria, sobre sentimentos reais e imaginários, sobre histórias guardadas em mim ou em alguém, sobre como tudo é superficial, mas que pode ser intenso se olhado com cuidado. Quero falar sobre literatura, livros e escrita, mas também, sobre o sabor do café da manhã ou do sapato velho debaixo da cama se assim minha vontade desejar. Não tem regras, só inspiração e realização!
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